Existem algumas doenças e problemas de visão relacionadas ao fator hereditário (miopia, daltonismo, glaucoma, ceratocone, etc) e outras ocasionais, como a catarata congênita e o estrabismo, que podem se manifestar precocemente nas crianças. Porém, apenas o fator hereditário não garante que a criança irá desenvolver a doença, é preciso levar em consideração fatores ambientais e também o desenvolvimento de cada indivíduo. Apesar de estarem em um grupo com mais chances de desenvolverem ou de apresentarem os sintomas mais cedo, não é possível afirmar que todos terão problemas de visão. Por isso recomenda-se que pais com histórico familiar dessas doenças investiguem o quanto antes a saúde de seus filhos.
O teste do olhinho, primeiro exame oftalmológico feito ainda na maternidade, já pode determinar algumas condições congênitas e, quando descartada essa hipótese, é preciso ficar atento ao desenvolvimento da criança.
O diagnóstico precoce, especialmente em crianças, dá a oportunidade de que o tratamento tenha resultados mais eficazes. Por isso, para prevenir quaisquer problemas de visão, o ideal é manter uma rotina de avaliação durante o desenvolvimento da criança (pediatra e oftalmologista).
Miopia
É um tipo comum de erro de refração em que objetos próximos aparecem claramente, mas os distantes aparecem embaçados.
Os sintomas mais evidentes da miopia são: visão embaçada mais à distância; dificuldade para identificar objetos afastados e assistir a filmes; entre outros. A capacidade visual parece melhorar fechando um pouco os olhos, mas a miopia não corrigida devidamente pode provocar dores de cabeça, lacrimejamento e tensão ocular.
Ceratocone
É uma doença ocular não inflamatória que afeta o formato e a espessura da córnea, levando ao aparecimento ou à piora da miopia e/ou do astigmatismo, costuma aparecer na adolescência.
A percepção de imagens distorcidas, a visão borrada e fantasmas são os principais sintomas seguidos de aumento da sensibilidade à luz.
Catarata na infância
Muitas vezes causadas por doenças ao longo da gravidez, como a rubéola, o citomegalovirus (CMV) e outras infecções, ou relacionadas a fatores genéticos, a catarata congênita exige tratamento urgente. Ela pode acometer crianças na média infância por fatores como heranças genéticas, traumas oculares, inflamações dentro do olho (uveítes) e o uso inapropriado de corticóides que podem desenvolver a opacidade no cristalino ocasionando perda visual progressiva. Essa baixa de visão pode ser unilateral ou bilateral. A criança também pode apresentar dificuldade para reconhecer pessoas de perto ou para ver televisão. Há situações em que os pais descobrem que há algo errado com os olhos dos filhos ao tirar fotos e perceberem um reflexo branco na imagem, sendo fundamental uma avaliação médica especializada.
Glaucoma Congênito
O glaucoma congênito é uma doença rara dos olhos que afeta crianças desde o nascimento até os 3 anos de idade. Causada pelo aumento da pressão dentro do olho, devido ao acúmulo de líquido, pode afetar o nervo óptico e levar à cegueira quando não tratada. Apresenta sintomas como córnea turva e inchada e/ou aumento dos olhos, a criança demonstra desconforto à luz e tenta cobrir os olhos na claridade. Secreção excessiva de lágrimas e olhos vermelhos também podem ser um sinal.
Daltonismo
O daltonismo é um distúrbio visual caracterizado pela incapacidade de percepção e distinção das cores primárias (como vermelho e verde), além do azul e do amarelo.
Na idade escolar surgem as primeiras dificuldades com as cores, como em desenhos e mapas. Os responsáveis devem ficar atentos a essas circunstâncias para não constrangerem a criança que alega ver cores diferentes de seus colegas, ser daltônico não é empecilho para o desenvolvimento e aprendizado.
Saiba como detectar problemas visuais em crianças.
Fontes:
http://blog.hospitaldeolhos.net/index.php/pais-que-usam-oculos-terao-filhos-com-os-mesmos-problemas-de-visao/
https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-daltonismo-tipos-sintomas-diagnostico-causas-e-mais/
https://retinapro.com.br/blog/conheca-5-doencas-de-visao-hereditarias-e-como-identifica-las/