REFLEXÕES IMPORTANTES NO DIA DA SAÚDE OCULAR (10 DE JULHO)

REFLEXÕES IMPORTANTES NO DIA DA SAÚDE OCULAR (10 DE JULHO)

No dia em que é comemorado o Dia da Saúde Ocular (10/07), as Lentes Luxxor entrevistam o oftalmologista, Dr. Nelson Telichevesky*. O profissional apresenta sua visão acerca de diversos tópicos da saúde ocular.

* Dr. Nelson Telichevesky é formado em Medicina pela UFRGS em1981 com Residência médica em Oftalmologia no HCPA e na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Em sua trajetória desempenhou as funções de Instrutor de Ensino na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Médico Oftalmologista do Banco de Olhos de Porto Alegre, Médico da Varig, Auditor Médico do Sistema Unimed, na Unimed   Porto Alegre e  Unimed Central RS, Diretor Clínico do Banco de Olhos e Chefe de Plantão do HPS de Porto Alegre.  Atualmente atua na sua Clínica, na cidade de Canoas.

As datas comemorativas são celebradas porque carregam um contexto histórico e social. Muitas vezes, a chegada de uma data em específico pode nos fazer refletir a sua importância, como é o caso do 10 de julho, Dia da Saúde Ocular.

Um dado preocupante foi apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo dados de 2019, 75% dos casos de deficiência visual poderiam ser evitados no mundo. Segundo Dr. Nelson, “desde os primeiros dias de vida até a idade avançada as doenças oculares podem ser prevenidas ou abrandadas se for feito o diagnóstico precocemente”. O doutor ressalta que diversas faixas-etárias estão incluídas na necessidade de exame. Ele cita que, “os recém-nascidos hoje realizam o teste do olhinho que é uma triagem para doenças que impedem a passagem da luz para o interior do olho “como opacidade de córneas ou cataratas congênitas e também para detecção de leucocorias como ocorre no retinoblastoma (tumor intra-ocular )”. Já na primeira infância, “os estrabismos e as ametropias também podem roubar qualidade e quantidade de visão, produzindo variados graus de ambliopia. Afora os aspectos estéticos quanto mais cedo uma criança estrábica conseguir o alinhamento visual melhor será sua capacidade de visão binocular, repercutindo inclusive no seu desenvolvimento neuropsicomotor”. Na outra extremidade da vida, entre os 55 e 60 anos, se inicia uma situação comum que assola grande parte da população: a catarata senil, mas que com os avanços das técnicas cirúrgicas na oftalmologia, hoje é totalmente reversível, devolvendo ótima qualidade de vida aos pacientes operados. Nesta faixa etária ainda as degenerações maculares e os glaucomas tem relevância na saúde visual e geral da população. O oftalmologista destaca que é comum que “ainda recebemos pacientes na quarta ou quinta década de vida sem nunca ter consultado com oftalmologista já com glaucoma bastante avançado”. A reflexão que pode se tirar do dado apresentado pela OMS para o profissional é de que “no século XXI, é inadmissível que doenças e o curso das mesmas não sejam diagnosticadas por falta de acesso ao especialista”.

A pandemia do novo coronavírus (COVID 19) impactou diretamente a vida em sociedade. Essa mudança de hábitos de saúde, trabalho e relações é chamado por especialistas como o “novo normal”. No atendimento dos profissionais da saúde não é diferente, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é indispensável. Nelson Telichevesky acredita que “certamente estão acontecendo e ocorrerão no futuro mudança de hábitos tanto dos médicos oftalmologistas e suas equipes como nos pacientes. A utilização de equipamentos protetores como máscara, óculos de segurança, luvas descartáveis e distanciamento social por parte das equipes assistenciais já são uma realidade”. Os profissionais de saúde também recomendam medidas sanitárias aos pacientes: “Na clínica do dia a dia temos recomendado aos pacientes, repetidamente, a importância da correta higienização das mãos com água e sabão, especialmente quando são usuários de lentes de contato ou estão realizando tratamento que necessitam utilizar colírios, pomadas ou realizar massagens na pele palpebral”. O médico enxerga a necessidade de “campanhas de esclarecimentos por parte das sociedades médicas e uma redobrada ação das vigilâncias sanitárias devem ser estimuladas. Os consultórios oftalmológicos já estão equipados com instrumentos de proteção ao médico e ao paciente para evitar contaminações por agentes biológicos”.

Outro fenômeno importante de destacar no “novo normal” é o Home office. Quanto ao uso excessivo de equipamentos eletrônicos, os quais podem afetar a saúde visual, o doutor recomenda que “o topo da tela do computador esteja na altura da ponta do nariz do usuário, isto é, os olhos do usuário devem estar acima do texto a ser analisado na tela do computador. A melhor posição de leitura para perto é através da somação da acomodação/ convergência e olhar para baixo. ” É essencial que o trabalhador não utilize os equipamentos deitado. A instrução correta é “estar sentado confortavelmente numa cadeira e a tela do computador possuir filtros para os comprimentos de onda da faixa azul”. Outra preocupação é com os intervalos de uso. Doutor Nelson afirma que os médicos recomendam “aos trabalhadores e estudantes que a cada 2 horas de utilização de tela de computadores de qualquer tipo ou mesmo celulares ou tablets descansem pelo menos por 10 minutos direcionando o olhar para longa distância”. A preocupação com a incidência da luz azul nociva emitida pelos equipamentos digitais já é uma tendência dos fabricantes de lentes oftálmicas, como no caso da Luxxor Blue Cut, e fundamental ao usuário de lentes corretivas no novo normal.

Uma melhora significativa nos últimos anos no universo da saúde ocular foi o acesso universal ao conhecimento. Segundo Telichevesky, “as mídias sociais, o acesso universal ao conhecimento e os esclarecimentos repetidamente apresentados pela sociedade médica têm contribuído para a saúde geral e inclusive a saúde visual”. Contudo, o profissional destaca que “as mídias sociais são de relevância, mas apenas de caráter informativo. A situação de um Paciente pode ser parecida com o que a mídia social informa ou quase nunca enquadra -se na situação real do paciente”. Ele enxerga como realidade que “nas mídias sociais observamos diariamente recomendação de óculos para qualquer problema, exercícios oculares para doenças, medicamentos espetaculares. Estas manobras quase sempre de cunho comercial estão atrasando diagnósticos médicos e agravando condições patológicas dos pacientes”. “A população precisa ter acesso aos consultórios oftalmológicos, realizar consultas médicas, exames e receber os esclarecimentos por parte dos profissionais médicos ”, complementa.

As Lentes Luxxor estão comprometidas com a saúde ocular. A empresa desenvolve um trabalho voltado as necessidades individuais de cada usuário, atenta as mudanças de comportamento e evolução das necessidades, propondo tecnologias em desenhos de lentes e tratamentos que atendam as solicitações oriundas dos médicos oftalmologistas.